Por Brunno Lemos – Rádio Domm | Belém (PA)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu oficialmente a COP30, realizada em Belém do Pará, com um discurso firme em defesa da ciência e da ação climática. Diante de líderes mundiais, Lula declarou que é hora de “impor nova derrota aos negacionistas” das mudanças climáticas e alertou sobre o avanço da desinformação e do extremismo que, segundo ele, ameaçam o futuro do planeta.
“Vivemos na era da desinformação. Os obscurantistas rejeitam não só as evidências da ciência, mas também os progressos do multilateralismo. É momento de impor uma nova derrota aos negacionistas”, afirmou Lula durante a cerimônia de abertura.
🔎 A COP da Amazônia
A COP30 é a primeira Conferência do Clima realizada na Amazônia, e o Brasil tem buscado reafirmar seu papel de liderança no debate climático global. Para Lula, sediar o evento em Belém é uma mensagem simbólica e política: o mundo precisa olhar para a floresta não apenas como um bioma ameaçado, mas como um centro de soluções sustentáveis.
“A Amazônia é parte da solução. Ela abriga o maior patrimônio de biodiversidade do planeta, e também o povo que vive dela e a protege. Essa gente precisa ser ouvida e respeitada”, destacou o presidente.
🗣️ Críticas ao negacionismo e à desigualdade
No discurso, Lula criticou duramente o que chamou de “forças extremistas” que promovem mentiras sobre a crise climática e tentam desacreditar as políticas de transição energética e preservação ambiental.
Segundo o presidente, negar as mudanças climáticas é “negar a própria vida”, e combater a desinformação é essencial para que as políticas ambientais avancem.
Ele defendeu que o combate à crise climática deve caminhar junto com a redução das desigualdades sociais.
“Não há justiça climática sem justiça social. Os mais pobres são os que mais sofrem com os desastres climáticos — e os que menos contribuíram para eles”, declarou.
⚡ Avanços e contradições
O Brasil vem apresentando queda nos índices de desmatamento e ampliando a matriz energética limpa, mas também enfrenta críticas internacionais por manter projetos de exploração de petróleo na Amazônia.
Lula reconheceu o desafio e defendeu uma transição energética justa, sem que países em desenvolvimento arquem com o peso das mudanças sozinhos.
“O Brasil não tem medo de discutir o futuro da energia. Queremos um modelo que garanta desenvolvimento, empregos e proteção ambiental. É possível crescer sem destruir.”
🌎 O recado político da COP30
Para analistas internacionais, o tom do discurso marca um posicionamento político claro de Lula: reafirmar o Brasil como líder global no debate climático e tentar reconstruir a credibilidade ambiental do país após anos de retrocessos.
A fala também foi vista como um recado à comunidade internacional — especialmente aos países ricos — sobre a necessidade de financiamento climático para que nações em desenvolvimento possam cumprir metas de descarbonização.
“Andamos na direção certa, mas na velocidade errada. O mundo não pode mais esperar”, disse Lula, encerrando o discurso sob aplausos.
📰 Compromisso com a informação
A Rádio Domm, que atua com o compromisso de levar notícias verdadeiras e verificadas à comunidade brasileira no Reino Unido, reforça a importância de acompanhar temas globais como a COP30, que impactam diretamente o futuro do planeta e a vida de todos.
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Repórter: Brunno Lemos | Edição: Redação Rádio Domm
Belém (PA), novembro de 2025
